quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Exu e Pomba-gira



    EXUS   








Exu é um dos grandes pontos de conflito na UMBANDA com relação a outras religiões, por falta de entendimento, pela ignorância e pelo preconceito.

Ideal Utópico
  
Anjos ou Demônios

   
 

Imagem do preconceito e da ignorância.

Muitos acreditam que nossos amigos Exus são Demônios, maus, ruins, perversos, que bebem sangue e se regosijam com as desgraças que podem provocar (Stephen King perto deles é um pobre inocente).

É necessário entender que no sincretismo afro-católico (imposto num processo de aculturação dos Negros pelos padres Católicos) os Orixás foram associados aos Santos Católicos, inclusive Exu, que é representado por Santo Antônio (Santo Antônio de Pemba, Santo Antônio de Ouro Fino, etc.). Mas Porquê este Orixá, irmão de Ogum, animado, gozador, alegre, extrovertido, sincero e sobretudo amigo, foi comparado com o Diabo das profundezas macabras dos INFERNOS? Bem, para conhecer está história vamos viajar para 6.000 anos atrás, local, Mesopotâmia.

A Demonologia Mesopotâmica influenciou diversos povos: Hebreus, Gregos, Romanos, Cristãos e outros. Sobrevive até hoje nos rituais Satânicos que muitos já devem ter escutado e visto notícias na televisão e lido nos jornais nacionais e internacionais, principalmente na Europa e EUA.

Na Mesopotâmia os males da vida que não constituíssem catástrofes naturais eram atribuídas aos Demônios ( No mundo atual as pessoas continuam a fazer isso). Os Sacerdotes, para combater as forças do mal, tinham que conhecer o nome dos Demônios e perfaziam enormes listas, quase intermináveis. O Demônio mau era conhecido genericamente como UTUKKU. O grupo de 7 (sete) Demônios maus é com freqüência encontrado em encantamentos antigos. Se dividiam em Machos e Fêmeas. Tinham a forma de meio Humano e meio Animal: Cabeça e tronco de Homem ou Mulher, cintura e pernas de cabra e garras nas mãos. Com sede de sangue, de preferência Humano, mas aceitavam de outros animais. Os Demônios freqüentavam os túmulos, caminhos (encruzas), lugares ermos, desertos, especialmente a noite.

Nem todos eram maus, haviam os Demônios Bons que eram envocados para combater os Maus. Demônios benignos são representados como gênios guardiões, em número de 7 (sete), que guardam as porteiras, portas dos templos, cemitérios, encruzas, casas e palácios.

Bom, os Negros africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que eram a forma deles saudarem os Santos, incorporavam alguns Exus, com seu brado e jeito maroto e extrovertido assustavam os brancos que se afastavam ou agrediam os Negros escravos dizendo que eles estavam possuídos por Demônios.

Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os Negros ofereciam a Exu, o que reafirmou sua Hipótese de que essa forma de incorporação era devido a Demônios.

Assim, como Exu não é bobo, assumiu, sem dizer que sim ou que não, esse estereótipo colocado pelo branco.

As cores de Exu, também reafirmaram os medos e a fascinação que rondavam as pessoas mais sensíveis.

Assim, o que aconteceu foi uma associação indevida, maldosa, entre aos Demônios Judaico-Cristãos e os Exus Africanos, simplesmente por similaridades em relação a cores, moradas, manifestação de personalidade, etc. Isso com o tempo foi caindo no gosto popular, na psique de pessoas mentalmente e espiritualmente pertubadas e comesu a se construir "a visão real", de que Exu é o Demônio.

Muitos médiuns despreparados ou anímicos, ou pertubados mental e espiritualmente, recebiam Exus que diziam-se Demônios. Nessa onda de horror ou de terror, alguns autores Umbandistas do passado, por falta de conhecimento ou por ignorância, fizeram tabelas de "nomes cabalísticos dos diabos", associando esses nomes aos Exus de Umbanda, como: Exu Marabô ou diabo Put Satanaika, Exu Mangueira ou diabo Agalieraps, Exu-Mor ou diabo Belzebu, Exu Rei das Sete Encruzilhadas ou diabo Astaroth, Exu Tranca Ruas ou diabo Tarchimache, Exu Veludo ou diabo Sagathana, Exu Tiriri ou diabo Fleuruty, Exu dos Rios ou diabo Nesbiros e Exu Calunga ou diabo Syrach. Sob as ordens destes e comandando outros mais estão: Exu Ventania ou diabo Baechard, Exu Quebra Galho ou diabo Frismost, Exu das Sete Cruzes ou diabo Merifild, Exu Tronqueira ou diabo Clistheret, Exu das Sete Poeiras ou diabo Silcharde, Exu Gira Mundo ou diabo Segal, Exu das Matas ou diabo Hicpacth, Exu das Pedras ou diabo Humots, Exu dos Cemitérios ou diabo Frucissière, Exu Morcego ou diabo Guland, Exu das Sete Portas ou diabo Sugat, Exu da Pedra Negra ou diabo Claunech, Exu da Capa Preta ou diabo Musigin, Exu Marabá ou diabo Huictogaras, e o nosso Exu-Mulher, Exu Pombagira, simplesmente Pombagira ou diabo Klepoth. Mas há também os Exus que trabalham sob as ordens do orixá Omulu, o senhor dos cemitérios, e seus ajudantes Exu Caveira ou diabo Sergulath e Exu da Meia-Noite ou diabo Hael, cujos nomes mais conhecidos são Exu Tata Caveira (Proculo), Exu Brasa (Haristum) Exu Mirim (Serguth), Exu Pemba (Brulefer) e Exu Pagão ou diabo Bucons.

Comerciantes inescrupulosos ou, simplesmente, ignorântes, criaram imagens de Exus como diabos, cada vez mais estranhos e aterradores (cifres, rabos, partes de animais ...). construindo no imaginário de muitos médiuns e da população Brasileira, um esteriótipo de Exu = Diabo, Exu = Satanás, Exu = Coisa Ruim.

Hoje em dia as casas de Umbanda (centros, terreiros, tendas ...), pelos estudos, pelo conhecimento e pela orientação dos reais Exus, estão abolindo essas imagens e condenando seu uso. Assim como, recriminando médiuns e supostas entidades que se manifestam dessa maneira dentro dos Terreiros. Porém, o mal foi feito, o esteriótipo atingiu o psique das mentes mais fracas e, muitas vezes, vemos em certos canais de televisão que fazem programas religiosos, a invocação dessas aberrações e a indevida associação aos Exus de Umbanda. O que podemos dizer é que quem incoca a Deus, Deus o tem; quem invoca do Diabo, o diabo o tem.

Algumas correntes religiosos estão alimentando na população que participam de seus ritos, a visão de que a culpa para a masela de suas vidas são os Diabos, os Exus, que vêm babando, cam as mãos tortas, grunindo, gritando ( "vou levar, vou levar ... !!!"), todos tortos e formatados dentro de um psique moldado e caricato.

Essas religiões e/ou seitas, estão alimentando o medo, a ignorância, o preconceito, a discriminação e a ilusão de que a culto pela dor alheia é caisado pela Umbanda e pelos seus guias, principalmente os Exus. Então fiquem sabendo que isso é mentira, é ilusão é ignorância.

Exu combate o mal, ele devolve o que mandam de ruim, é justo, tem eqüidade em suas decisões e em seus trabalhos. Ele não é, e nunca foi o diabo.


Mas então quem é EXU?




Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.


Exu não faz mau a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau o mau que essa pessoa fez a outra. Ele devolve, as vezes com até mais força, os trabalhos que alguns fizeram contra outros. Por isso, algumas pessoas consideram esse Orixá malvado.


Existem entidades que se dizem Exu e que fazem somente o mau em troca de presentes aos seus médiuns ou por grandes e custosas obrigações, serviços. Não se engane, Exu que é Exu, não faz mau, a não ser com quem merece e além disso, quando ajuda a uma pessoa não pede nada em troca, a não ser que a pessoa tome juízo, se comporte bem na vida, acredite em Deus e tenha fé.


Exu, O Guia.


Existem dois portadores do nome Exu. Um é o Orixá Exu. O outro, são os Guias chamados de Exu (espíritos, muitos, não mais reencarnacionais) que vêm na emanação principal de Exu (O Orixá) que lhes deu suas características, seus gostos, seus hábitos. Porém, esses Exus, também são subordinados a um Orixá regente, que pode ser Omulu, Xangô, Oxossí, ...


Correntes antigas, Esotéricas, montaram uma hierarquia para os Exus (Guias), relacionando 7 (sete) Exus (Guias) principais, considerados como os 7 (sete) chefes de Legião, que comandam e coordenam outros Exus (Falanges), sendo que cada um de seus comandados também comandam mais 7 (sete), seguindo uma ordem hierárquica de cima para baixo de 7 (sete) em 7 (sete).


São eles os 7 (sete) Exus guardiões ou principais:


    Sr. Sete Encruzilhadas;
    Sr. Marabô;
    Sr. Tranca Ruas;
    Sr. Tiriri;
    Sr. Gira Mundo;
    Sr. Veludo;
    Sra. Pomba Gira ou Bombo Gira.

Cada um desses amigos trabalha dentro das 7 (sete) linhas da UMBANDA, lutando contra o mal e ajudando as pessoas.

Seu jeito e seu trabalho.

Exu gosta de rir, brincar com as pessoas, dizer alguns palavrões, nem todos fazem isso, ser franco e direto, não faz rodeios nem mente. Gosta de beber e fumar, ao contrário do que muitos pensam a bebida e o fumo são peças de aproximação, fazendo com que as pessoas se identifiquem, fiquem mais descontraídas como se estivessem em uma festa. Caso não tenha bebida, ou fuma, ele trabalha do mesmo jeito, porque sua finalidade e ajudar àqueles que precisam.

Alguns Exus foram pessoas como: Políticos, Médicos, Advogados, Trabalhadores, Vadios, Prostitutas, Pessoas comuns, Padres, etc. Que cometeram alguma falha e escolheram, ou foram escolhidos, a vir nessa forma para redimir seus erros passados, outros, são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas e combatendo o mal. Assim, quem diz que os Exus são Demônios, na concepção de que são ruins, ou espíritos sem luz, baixos, não sabe o que está dizendo, ou não conhecem a história de cada Exu, os porquês de sua ritualística, seu modo de trabalho ou sua missão. Não se julga um livro por sua capa ou a pessoa pela sua aparência!


Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos e feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos retirando os encostos e espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.


Seu dia é a Segunda-feira, sua bebida, cada um tem a sua, sua roupa, quando lhe é permitido tem cores preta e vermelha. Não aceita sacrifícios de animais, mas se a pessoa quiser acender uma vela (preta e vermelha) na encruza, colocar charutos ou cigarros, cachaça ou outra bebida de agrado é bem vindo. Pode-se colocar, também, rosas para as pomba giras com champanhe, pois elas gostam.


Assim é Exu.


As Vezes temido, as vezes amado, mas sempre alegre, honesto e combatente da maldade no mundo.


Salve meus amigos!




 
HISTÓRIA DE E XU CAVEIRA
 













História
          Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio".

          Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.

          Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.

         Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.

          O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.

            Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado.


             A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo.

            Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas.

           Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados.

           Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.

          Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.

          Entre os exus da linha de Caveira, existem: Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Caveira enquanto vivo.
            Como entidade, o Chefe-de-falange Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.

         Caveira é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.

         No entanto, Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Caveira não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.

        Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Caveira Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

       No entanto, uma vez amigo de Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções.




  História de Exú Morcego  Avaliação 



Categoria:    Outro


Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma floresta, típico daqueles pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e corpulento, trajando uma surrada roupa, provavelmente antes pertencente a um guarda-roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do tempo, pois ainda carregava uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo do mesmo cobiçado material. Parecia viver na solidão, muito embora no castelo vivessem vários serviçais. Na torre do castelo, as janelas foram fechadas com pedra, e só pequenas frestas foram feitas no alto das paredes. A luz não podia entrar. A torre não tinha paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada mesa de madeira tosca, tendo como iluminação dois castiçais de um só vela cada. Ao lado da tênue luz das velas, livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que algo buscava na literatura. De braços abertos, com um capuz preto cobrindo sua cabeça, emitia estranhos e finos sons, tentando descobrir o segredo da conhecida Sagrada Arte. Pelas frestas da torre, entravam e saiam voando vários morcegos com os quais ele procurava inspiração e força para atingir sua conquista. Por quê? Não sei. A idéia e as razões eram da estranha figura. Parecia um homem de fino trato, transfigurado na fixação de atingir um poder que não lhe pertencia. Seu nome? Também não sei. Só o conheço incorporado nos terreiros como o querido mas temido Exu Morcego

Guland, o senhor alquimistta que me acompanha é proprietário de muitos mistérios e segredos, mas nenhum deles me causaram tanta admiração e respeito quanto sua linhagem de atuação. Hoje, ele é Guardião do Vale dos Suicidas e já teve seu corpo perispiritual muuuuuito deformado por suas sucessivas vidas interrompidas das mais diversas formas. E exatamente por isso levei mais de 4 anos, com o trabalho de sucessivas incorporações nas linhas de esquerda, entregas e rezas para que ele perdesse seu aspecto deforme, quase animalesco e voltasse seu aspecto humano.

Exu Morcego
Lider da 11ª falange.

Comanda Exus como Asa Negra , Exu Coruja , Exu Sombra , 7 Sombras , entre muitos outros. Exu nervoso , anti-social não é muito de prosa mas qdo faz algum tipo de trabalho como ele mesmo diz " vai buscar voando " e sempre cumpre com o que diz. Deve se ter um cuidado muito especial com este Exu, por ser considerado guardiões de muitos mistérios!!!

Laroyê Guland e moju ibá!
Laroyê Exu Morcego e moju ibá!





História do Exu Morcego

    Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma floresta, típico daqueles pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e corpulento, trajando uma surrada roupa, provavelmente antes pertencente a um guarda-roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do tempo, pois ainda carregava uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo do mesmo cobiçado material. Parecia viver na solidão, muito embora no castelo vivessem vários serviçais.
    Porém nem sempre foi assim, era um cientista renomado, e apaixonou-se por uma linda mulher, porém sua amada já tinha seu companheiro, após uma revolta utilizou de uma armadilha e matou o marido da donzela que não o pretendia, após o ocorrido ele se trancou na torre do castelo, onde muitas vezes era seu local de estudos.
    No momento sua cabeça estava revoltada, e ele implorava ajuda e auxílio de Deus, porém no desespero, quando a ajuda não venho, ele se ajoelhou e segundo a entidade João Caveira, ele entoou as seguintes palavras.
    “Se o Bem não me quer, em entrego ao Mal de braços abertos”.
    E ajoelhado encostou a cabeça na fria pedra da parede com as mãos também apoiando a parede.
    Nunca mais ouviu-se falar daquele homem.
    Ao passar dos anos a torre do castelo foi esquecida, até que um dia uma geração depois, um homem quis saber o que havia naquela torre. Ao abrir a pesada porta, viu as janelas fechadas com pedra, e só pequenas frestas foram feitas no alto das paredes. A luz não podia entrar. A torre não tinha paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada mesa de madeira tosca, tendo como iluminação dois castiçais de um só vela cada, as velas estavam acessas. Ao lado da tênue luz das velas, livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que algo buscava na literatura. Ao melhor a iluminação do local, viu de braços abertos, com um capuz preto cobrindo sua cabeça, ajoelhado olhando para parede, escutou estranhos e finos sons, quando colocou um pé para dentro da sala, o capuz bateu como asas, e voou para cima, restando somente pó.




O que aconteceu com a mulher?
Se suicidou enforcada no fundo de uma gruta.


Porque virou Morcego?
Simples, após todos os atos acontecidos, ele entregou seu espírito e como castigo ele habita o escuro e não vê nada. Hoje ele vaga pelas Grutas e locais semelhantes a procura de seu amor, e mesmo estando a sua frente ele não poderá vê-la, pois como Morcego ele somente utiliza da percepção sonora. Escutando o choro e a magoa eternamente, sem ver o rosto dela.


Hoje, ele é Guardião do Vale dos Suicidas e já teve seu corpo deformado por suas sucessivas vidas interrompidas das mais diversas formas.


Exu Morcego





Comanda Exus como Asa Negra , Exu Coruja , Exu Sombra , 7 Sombras , entre muitos outros.
Exu nervoso, anti-social não é muito de prosa mas quando faz algum tipo de trabalho como ele mesmo diz
"vai buscar voando"




História da Pomba Gira Rosa Caveira

Essa Lenda que será contada aqui, pertence à uma de suas vidas passadas, lembrado que nem sempre a Rosa Caveira que é citada, é a mesma que incorpora. Então a história poderá ser diferente da outra, mas sempre será a mesma Rosa Caveira. Lembra-se ainda que esta Lenda, passa por inúmeros Sites.
“Ela viveu aproximadamente á 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, sendo que seu nascimento, deu-se na primavera e a mãe dela tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que os procuravam, e sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, e dificultava o nascimento da mesma e estava perdendo muito sangue, podendo até morrer no parto. Foi quando a avó da Rosa Caveira que já havia falecido há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, sendo que sua mãe com muita dificuldade e a ajuda de sua avó (falecida), conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu Amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batiza-se com o nome de ROSA CAVEIRA, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e encima de um Campo Santo (cemitério), e também por causa da aparência Astral de sua mãe (avó), que aparentava uma Caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO, conhecida com o nome popular de Rosa Caveira.
Ela cresceu com as irmãs, mas sempre foi tratada de modo diferente pela suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversario sua avó ia visitá-la (espiritualmente), e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar a Rosa, debochar dela, chamar ela de amaldiçoada pois havia nascido encima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta, de caveira dos infernos, etc. E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que ela poderia apreender, e também ensinou-a a manejar espadas, lanças, punhais, ou seja, armas em geral. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, poções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro. Foi ai que suas irmãs ficaram com mais raiva ainda, pois ela estava sendo preparada para ser uma grande Feiticeira, e sendo ajudada por seus Pais e sua Avó, e zombava mais ainda dela, chamando-a de mulher misturada com homem e demônio, uma aberração da natureza, não por causa de sua aparência, pois ela era linda, mas sim por vir ao mundo nas mãos de uma Caveira (sua avó), e ter nascido encima de um cemitério.
Suas irmãs se casaram com agricultores da região, porém uma de suas irmãs (a mais velha), se aperfeiçoou em Magia Negra, e por vingança do carinho e a presteza que seus Pais davam a Rosa e não a elas, não porque seus pais gostavam mais dela, pois eles tinham amor igual a todas, mas Rosa demonstrava mais interesse do que as outras, ela fez um feitiço que matou seus pais. A Rosa com muita raiva, matou sua irmã e seu marido. As outras irmãs com medo dela, juraram lealdade a ela e nunca mais zombaram dela.
Aos 19 anos ela saiu ao mundo querendo descobrir algo novo em sua vida, foi quando ela conheceu um homem (Mago) que tinha 77 anos, e juntos com seus 4 irmãos, ele foi ensinando a ela varias magias e feitiços, tudo sobre a vingança, o ódio, a dor, pois esse homem era o Mago mais odiado e temido da redondeza pelos Senhores Feudais e Magos Negros. Vivia em um cemitério com seus 4 irmãos e discípulos. Ela aprendeu a ver o futuro e fazer várias Magias de um modo diferente, sempre usava um crânio tanto humano como de animal e em sua boca colocava uma rosa amarela, foi quando em uma de suas visões, viu suas irmãs planejarem sua morte. Ela por sua vez muito esperta, fez uma Magia, que matou todas suas irmãs. Após fazer isso ela voltou a companhia do mago, e com sua ajuda percorreu várias aldeias, causando guerras para fazer justiça e para livrar os povos dos Senhores Feudais, e também livrar esses povos de encantos de Magos Negros e Feiticeiros Malignos, e por causa disso ela era muito venerada, adorada e respeita por todos. Aos 99 anos, seu amado e seu mestre, morreu e ela assumiu seu lugar junto com o irmão mais velho do mago.
Aos 77 anos ela foi traída por um dos irmãos do mago falecido, o terceiro irmão, que a entregou a um mago que estava a sua procura, este Mago era um dos mais temidos e perversos e que sabia o ponto fraco dela. Com a ajuda desse irmão, esse Mago a matou, e degolou a Rosa e entregou sua cabeça em uma bandeja de ouro rodeada de rosas vermelhas, para os Espíritos dos Magos Negros. Após isso ela ficou aprisionada espiritualmente por esse mago até ser liberta pelo seu amado e mestre o mago falecido, que entregou a falange do Exu Tata Caveira. O irmão do mago que a traiu, foi morto 3 anos depois pela própria Rosa, que deu sua alma de presente a seu Amado e Mestre, se tornando assim seu escravo.
Foi ai que ela começou a trabalhar na linha das almas e ficou conhecida como Rosa Caveira (Pomba-Gira Guerreira e Justiceira), pois em sua apresentação astral ela vem em forma de mulher ou caveira, ou meio a meio sempre com uma Rosa amarela em suas mãos e uma caveira aos seus pés, caveira esta que representa, todos seus inimigos que cruzam seu caminho.
Trabalha na linha das almas e faz parte da falange do Exu Caveira e Tava Caveira, seu ponto de força, é no cruzeiro das almas, onde são entregues seus pedidos e oferendas. Sua Flor preferida é Rosa Amarela ou vermelha. Sua guia é, preta e branca ou amarela e preta. Pertence a linha negativa dos pretos velhos.










história do legião

Em tempos antigos, as civilizações descendiam de Grandes Guerreiros, cujos reinos eram valorizados perante a maior quantidade de riquezas (ouro, terras, bens).
Em uma determinada época, existiu um grupo de aproximadamente 700 bravos guerreiros que eram chamados de LEGIÃO, estes soldados utilizavam de Tridentes e redes, como armas, e ao invés de mantos rubros como de costume, eles utilizavam mantos negros.
Sempre que Reinos estavam em guerra, ao notar a derrota, o Rei mandava um mensageiro encontrar e chamar a LEGIÃO.
Quando eles eram encontrados e aceitavam o convite à Guerra, marchavam para o campo de batalha, porém para eles não existia reino defensor e nem ofensivo, eles atacavam os dois lados, e terminavam a guerra, ninguém ganhava.
Tinham uma frase que usavam como inspiração:
"Com tua espada e meu tridente, a legião do céu tombará a nossos pés. Vamos, o tempo de nosso pai está condenado assim como deste povo que agora dorme sob nossos pés. Vamos, que este ígneo céu é o imponente prenúncio de nosso reinado..."
Após muitas guerras, e já banhados de sangue essa LEGIÃO sumiu!

Alguns dizem que viraram a linha dos EXUs, outros que se mataram um a um, e outros como Eu, acreditam que onde eu andei, por onde eu passei, o que eu vi, o que eu fiz, e por onde eu for a LEGIÃO estará comigo, pois aprendi a batalhar, ganhei por honra meu manto negro, e junto com todos os outros, continuo lutando, mas agora do lado Espiritual, destruindo reinados de injustiças, sofrimento e egoísmos, de luxurias e desejos profanos.
Sempre ajudamos do nosso modo de ver e continuamos nosso trabalho, perante as ordens dadas por todo o grau hierárquico que possui, os Orixás e Zambi.
Sou Exu, Sou Tata Caveira, e essa história é mais um elo da minha História. Algumas pessoas passam pela história outras nascem pra fazer a diferença




EXU MIRIM 

 

Exu Mirim
7ª Falange ou Legião – Yariri – Exu Mirim
As Crianças Tanto na Esquerda Quanto na Direita , estão Associados as Mães.
Exu Mirim é um Mistério Natural Manifestado Por Deus .

Quem é , e o que Representa para a Umbanda o Exu Mirim?
Exu Mirim[ Serguith ], é o Travesso das Dimensões Negativas, que com sua Irreverência Resolve Qualquer Mal Entendido e Desmancha as Confusões. Guardião das Linhas das Águas, Trabalha junto com Exus, e de Preferência com as Pomba Giras. Ajuda a Abrir Caminhos, Desfazer os Malfeitos e Incentiva o Trabalho Social para Resgatar os que estão na Marginalidade. Fazem Par com os Erês nas Dimensões Negativas , As Meninas Apresentam-se Como Pomba Giras Meninas :
São Espíritos de Muita Luz e Sabedoria , Portadores de Mistérios dos Orixás , Nunca os Olhem Como: Engraçadinhos , Coitadinhos e Divertidos.
Exu Mirim Pólo Equilibrador Entre a Direita e a Esquerda , Atuam Como Agente Atrasador da Evolução , Faz o Ser Regredir vai Fechando as Faculdades por Mal Uso da Mesma Tanto no Material como no Espiritual.
Quando Erramos Em Nossa Vida , Sofremos uma Regressão ( Lei de Causa e Efeito),Sejam Umbandista , Espiritualistas ou Pessoas Comuns , essa Regressão e Feita por Exu Mirim , Quando Estamos no Caminho Certo de Vida Agem Como Agentes Evolutivos.
-O Recomeço da Vida , e o Plano de Atuação após essa Regressão e Feita por Exu.
Exu Mirim Elemento Regredi dor de Nossas Vidas.
Exu Elemento Vitaliza dor , Dando continuação aos Caminhos da Vida ou do Recomeço de Vida.
Obs: Deus Não é Impiedoso , Deus não Pune e Nem Castiga , O que Existe sim é a Conscientização ou Regressão dos Caminhos de Vida , Por Acertos ou Erros Como já Disse Lei de Causa e Efeito , e Nossas Entidades e Divindades Estão ai para nos Fazer Cumprir as Leis.
Apresentação:
Apresenta-se sempre na forma e com roupagem de criança travessa , Gostam da Cor Vermelho e Preto.
Obs; É justamente a falange de exu mirim que As Vezes se introduz nas `Ibeijadas ́fazendo se passar por eles.
Campos de Força:
Encruzas Próximas a Praia (Sempre a primeira Vindo da Linha da Praia para as Ruas)
Encruzas em Y
E os descampados
Seu Dia :
Muito Homenageado no dia 06/01 Dia de Reis.

Seus Gostos:
Gostam de Doces Escuros :
Chocolates: Cigarrinhos de Chocolates , Chocolates Com Licores por dentro , Doce de Bananas , Teta de Nega Etc...
Também Gostam de Moedas
Bebidas:
Guaraná com um Pouco de Conhaque
Coca cola com Pinga
As vezes Acrescentam um Pouco de mel nas Misturas.



Algumas Considerações sobre Exu - Mirim

Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.
Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.
Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".
Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.
Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.
Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas.
Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras
guardiões da casa.
Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.
Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.
Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela
bicolor vermelha/preta, etc.
Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.
A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.
Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

PONTOS CANTADOS DE EXÚ MIRIM

ELÉ É EXÚ
É EXÚ MIRIM
NAÓ ME NEGA NADA
SEMPRE ME DIZ SIM.

Ó MEU SANHOR DAS ALMAS
NÁO FAÇA POUCO DE MIM,
EU É TÁO PEQUENINO
EU É EXÚ MIRIM.

EXÚ MIRIM É UM FORMOSO
ELE É EXÚ DE FÉ BIS
TEM UM PAI E TEM UM MANO
ESSE MANO É LUCIFER BIS. 




Pontos de Exú Mirim


Algumas Considerações sobre Exu-Mirim

Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.

Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.

Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".

Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.

Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.

Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são “encantados” vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.

Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras guardiões da casa.

Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.

Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.

Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela bicolor vermelha/preta, etc.

Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.

A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.

Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.

Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

Ponto Cantado para Exu - Mirim:

Pedra rolou em cima da samambaia

Em cima de Exu-Mirim balança mas não cai (BIS)

Exu-Mirim no morro tá batuqueiro

Batucava noite e dia derrubando feiticeiro (BIS)





ESÙ MIRIM É MOIJUBA
NÃO MEXE COMIGO NÃO
SOU PONTA DE AGULHA
SE MEXER COM ESÙ MIRIM
ESTÁ CAVANDO A SEPUTURA ( bis )
LAROYÊ ESÙ MIRI
(Por Get’s)
———-
Brasinha
O seu batismo foi com copo de cachaça…
na sua vida não perdeu a esperança…
Ele vem do fogo, cheirando a matança…
Saravá exu brasinha
saravá exu criança
Saravá exu brasinha
saravá exu criança
(Enviado por makeiwi Medeiros)
———–
exu mirim calunguinha
Eu sou pequeno, mas meu poder é muito grande
meu misterio é saber ocultar
mexeu comigo, ta mexendo com o capeta
meu irmão não me enfrenta no cemiterio eu vou te levar
calunguinha contra vc ninguem tenta, seu poder vem da calunga p/ demanda quebrar
Eu sou pequeno, mas meu poder é muito grande
meu misterio é saber ocultar
mexeu comigo, ta mexendo com o capeta
meu irmão não me enfrenta no cemiterio eu vou te enterrar
calunguinha contra vc ninguem tenta, seu poder vem da calunga p/ demanda quebrar
(enviado por Samir)
**********************************************************************
sou pequenininho e vivo na encruza
só tem uma pombagira que toma conta de mim na rua
quando eu nasci minha mae me abandonou e veio
Maria Padilha que me pegou e me criou
ela me da força e sua proteção, por isso eu ando com
Zé Pelintra pra fumar um cigarro então (♪)
Brasinha do inferno ( foguinho )
enviado por Ludmilla
———————————————————————————————–

EU SO EXÚ MIRIM DAS 7 EMCRUSILHADA (2X)
O MEU SENHOR DAS ALMAS TENHA PENA DE MIM (2X)
EU SO EXÚ MIRIM DAS 7 EMCRUSILHADA (2X)
(Ponto enviado por Victor Formigosa)
———-
Bebo eu venho, bebo eu vou,
Exu Mirim eu sou,
Bebo eu venho, bebo eu vou,
eu sou preto preto preto
do cabelo pixaim
pra ninguem fala meu nome
pra ninguem chamar por mim
(Ponto enviado por Tyty)
———-
Exu Mirim eu sou,
O tempo vem, o Tempo vai,
Exu Mirim não cai,
O tempo vem, o tempo vai,
Exu Mirim não cai.
Menino eu sou, moleque não,
Menino eu sou, moleque não,
Menino eu sou, moleque não,
Menino eu sou, moleque não
(Ponto enviado por Dri)
———-
Ele não podia faltar….
Na sua encruza sempre a trabalhar,
Ele é Exú Mirim
É protetor da porteira deste Congá,
Ele é Exú Mirim
É protetor da porteira deste Congá.
(Poneto enviado por Eliane)
———-
Eu sou pequenino,sou guardião
trago mistério e magia,poder reparação
pode vir vim te ajudar,mas não faça pouco de mim
sou exu-mirim,
Faísca,faísca,é fogo e não se apaga
aqui o mal não se propaga
eu sou assim,sou Pomba-gira mirim
acredite se quizer meu mano é Lucifer
Poder,magia e mistério,gira na encruza e
também no cemitério,eu sou assim
sou pombo gira-mirim
(Ponto enviado por Ana krís)
———-
Que menina linda, que menina bela
É a Pombo Gira Menina
Me chamando na janela.
———-
Pombo Gira Menina
Foi barrada no baile
Na porta do cabaré
Vai pra casa menina
Aqui não entra moça
Aqui só entra mulher
Oh Viva as Almas
Viva aleluia
Pra mostrar que ela é menina
Mas também é mulher da rua
———
Auê Exú Mirim, seu cabrito deu um berro
Arrebentou cerca de arrame
Estourou portão de ferro.
———-
Exú Mirim fez uma casa
Sem porteira e sem janela
Ainda não achou
Morador pra morar nela.
———-
Ponto de Toninho Aruê
Ê Toninho, Toninho Aruê.
Ê Toninho, Toninho Aruê.
Trabalha com pimenta
E azeite de dendê.
(Pontos enviados por Mãe Ana D’Ogum)
———-

Pomba gira menina
Quem me vê assim criança
não sabe da minha sina ;
Sou eu tata pomba gira
Sou eu pomba gira menina
———-
Ó que beleza a pomba gira é menina
Quem quiser lhe ver jogue uma rosa na esquina
———-

Exu mirim brasinha
O meu sinhozinho , sinha
Não cruza no meu caminho
Sou forte como que nem capeta
mas eu sou pequeninho
O meu sinhozinho sinha
não cruza na linha
Eu venho la da Calunga
meu nome é exu Brasinha.
(Pontos enviados por Dofono de Ogum)
———-
Que menina linda, que menina bela
É a Pombo Gira Menina
Me chamando na janela.
———-
Pombo Gira Menina
Foi barrada no baile
Na porta do cabaré
Vai pra casa menina
Aqui não entra moça
Aqui só entra mulher
Oh Viva as Almas
Viva aleluia
Pra mostrar que ela é menina
Mas também é mulher da rua
———-
Auê Exú Mirim, seu cabrito deu um berro
Arrebentou cerca de arrame
Estourou portão de ferro.
———-
Exú Mirim fez uma casa
Sem porteira e sem janela
Ainda não achou
Morador pra morar nela.
———-
Ponto de Toninho Aruê
Ê Toninho, Toninho Aruê.
Ê Toninho, Toninho Aruê.
Trabalha com pimenta
E azeite de dendê.
(Pontos enviados por Mãe Ana D’Ogum)
———-
Meu senhor do Bonfim
Tenhas pena de mim
Eu sou pequenininho ( B I S )
Eu sou Exú-mirim
Vivo jogado nas ruas
Neste mundo de aflição
Não tenho pai, não tenho mãe ( B I S )
Não ganhei a salvação
(Colaboração George Rosa )
———-
Exu Caveirinha, Venha trabalhar.
Levanta dessa tumba, faz pedra rolar.
Na mão esquerda a foice, na cinta o punhal.
Não sai da linha, mano, pra não se dar mal.
(Ponto enviado por Charles d’Oxossi)
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(isso não é bem um ponto, mas cantamos uma vez no terreiro e eles adoraram fazer festa)
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando relógio bate a uma, todas as caveiras saem da tumba;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as duas, todas as caveiras pintam as unhas;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as três, todas as caveiras imitam chinês;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as quatro, todas as caveiras tiram retrato;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as cinco, todas as caveiras apertam os cintos;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando relógio bate as seis, todas as caveiras jogam xadrez;
Tumbalacatumba tumba ta (sua vez )
Tumbalacatumba tumba ta (agora é sua vez, agora é vocês)
Quando o relógio bate as sete, todas as caveiras imitam a gretchen;
Tumbalacatumba tumba tá (uououououo)
Tumbalacatumba tumba tá (uououououo)
Quando o relógio bate as oito, todas as caveiras comem biscoito;
Tumbalacatumba tumba tá
Tumbalacatumba tumba tá
Quando o relógio bate as nove, todas as caveiras vestem o short;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as dez, todas as caveiras comem pastéis;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as onze, todas as caveiras se escondem;
Tumbalacatumba tumba ta
Tumbalacatumba tumba ta
Quando o relógio bate as doze, todas as caveiras voltam pra tumba;
Tumbalacatumba tumba ta , tumbalacatumba tumba ta….
(Eviado por Thiago Guerrero)
———-
exu mirim ,mirim mirim.
exu mirim ,mirim mirim.
ha rosa é linda exu mirim !
ha rosa é linda exu mirim!
mirim mirim, exu mirim
mirim mirim, exu mirim
A maldade é grande , exu mirim
A maldade é grande ,exu mirim
mirim mirim, exu mirim
mirim mirim, exu mirim
A chupeta, eu troco pelo cigarro!
A chupeta, eu troco pelo cigarro!
mirim mirim, exu mirim
mirim mirim, exu mirim
O doce eu troco pela pinga!
O doce eu troco pela pinga!
mirim mirim, exu mirim
mirim mirim, exu mirim
mas eu naum quero saber, eu sou exu mirim!
mas eu naum quero saber, eu sou exu mirim!
mirim mirim, exu mirim
mirim mirim, exu mirim
(Pontoe enviado por Michelle)
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exu mirim chegou
exu mirim saravou
exu mirim vem agora que ogum mandou
exu mirim chegou
exu mirim saravou
exu mirim vem agora que ogum mandou
(Ponto enviado por Junior)
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Exu Mirim trabalha de sol e lua. (bis)
Lá do cruzeiro ele vem com Tranca rua
(Ponto enviado por Giovanni)
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Oi boa noite ô gente, oi como vai como passou. (bis)
Exu mirim é pequenino, mas é bom trabalhador. (bis)

Exu mirim é um exu formoso e ele é o meu exu de fé. (bis)
Ele tem um pai e tem um mano e esse mano é lúcifer. (bis)

Não mexe comigo não que eu sou ponta de agulha. (bis)
Quem mexer com exu mirim esta cavando a sepultura. (bis)
(ponto enviado por Álvaro)
———-
Estava no mato e balançou capim,
quem ja chegou,
Exu Mirim!!!!!
No fundo do mato vi bater tambor.
Exu Mirim e sr. Marabo!!!!
———-
Pedra rolou em cima da samambaia,
Em cima de Exu-Mirim balança mas não cai
Em cima de Exu-Mirim balança mas não cai
Exu-Mirim no morro tá batuqueiro
Batucava noite e dia derrubando feiticeiro
Batucava noite e dia derrubando feiticeiro
———-
Exu-Mirim é o meu Exu de fé!
Exu-Mirim é pequeno na quimbanda!
Exu-Mirim saravando a encruza,
Exu-Mirim vencendo suas demandas!





Exu Mirim na Umbanda

A umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Lembre–se que a umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação. Para aqueles que sentirem–se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em exu mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.
  1. Cada Orixá é um dos estados da Criação. Um é a Fé, outro é a Lei, outro é o Amor, e assim por diante, independente de suas interpretações religiosas.
  2. Por serem estados, são indispensáveis, insubstituíveis e imprescindíveis á harmonia e ao equilíbrio do todo. O Estado da matéria considerado “frio” só é possível por causa da existência do estado “quente” e ambos na escala celsus indica os dois estados das temperaturas. Sem um não seria possível dizer se algo está frio ou quente; se algo é doce ou amargo, se algo é bom ou ruim, etc. É a esse tipo de “estado” que nos referimos e não a um território geográfico, certo?
  3. Muitos são os estados da Criação e cada um é regido por um Orixá e é guardado e mantido por todos os outros, pois se um desaparecer (recolher-se em Deus), tal como numa escada, ficará faltando um degrau, e tal como numa escala de valores, estará faltando um grau que separe o seu anterior do seu posterior.
  4. Quando a Umbanda iniciou-se no plano material, logo surgiu uma linha espiritual ocupada por espíritos infantis amáveis, bonzinhos, humildes, respeitosos e que chamavam todos(as) de titios e titias ao se dirigirem às pessoas ou aos Orixás e guias espirituais. Também chamavam os pretos velhos de vovô e de vovó. Até aí tudo bem!
  5. Mas logo começaram a “baixar” uns espíritos infantis briguentos, encrenqueiros, mal-educados, intrometidos, chulos e que dirigiam–se às pessoas com desrespeito chamando-os disso e daquilo, tais como: seu pu.., sua p..., seu v...., seu isso e sua aquilo, certo? E quando inquiridos, se apresentavam como “exus” mirins, os exus infantis da Umbanda numa equivalência com um exú infantil ou um erê da esquerda existente no Candomblé de raiz nigeriana.
  6. Exú Mirim assumiu o arquétipo que foi construído para ele: o de menino mal! E tudo ficou por aí com ninguém se questionando sobre tão con­trovertida entidade incorporadora em seus médiuns, pois ele dizia que todo médium tem na sua esquerda um Exú Mirim além de um e Exú e uma Pomba Gira.
  7. De meninos mal educados, como tudo que “começa mal” tende a piorar, eis que as incorporações de entidades Exus Mirins começaram a ser proibida nos centros de Umbanda devido à vazão de desvios íntimos dos médiuns que eles extravasavam quando incorporavam nos seus.
  8. De mal vistos, para pior, essa linha de trabalhos espirituais, (onde cada médium tem o seu Exú Mirim), quase desapareceu e só restaram as incorporações e os atendimentos de um ou outro Exu Mirim “muito bom” mesmo no ato de ajudar pessoas.
  9. Então ficou assim decidido, mais ou menos, por muitos:
  10. Exú Mirim existe, é mal educado e incon­trolável e de difícil doutrinação.
  11. Vamos deixar Exú Mirim quieto e vamos trabalhar só com linhas espirituais doutrináveis e possíveis de serem controladas dentro de limites aceitáveis.
  12. Exú Mirim praticamente desapareceu das manifestações Umbandistas porque suas incorporações fugiam do controle dos dirigentes e seus gestos e palavrões envergonhavam a todos.
  13. Como é característica humana negar tudo o que não pode controlar e ocultar tudo o que “envergonha”, o mesmo foi feito com Exú Mirim, que existe, mas não é recomendável que incorpore em seus médiuns. Certo?
Errado, porque muitos médiuns já ajudaram a muitas pessoas com seus exus mirins doutrinadíssimos e nem um pouco influenciados pela personalidade “oculta” de quem os incorporavam.
Todos se adaptam a regras comportamentais se seus aplicadores forem rigorosos tanto com os médiuns quanto com quem incorporar neles.
O melhor exemplo começa com as incorporações comportadas de quem dirige os trabalhos espirituais. E uma boa orientação sobre as entidades ajuda muito porque, o que os médiuns internalizarem sobre elas será o regularizador das entidades.
Agora se, por acaso, o dirigente adota um comportamento discutível, aí seus médiuns o seguirão intuitivamente, pois o tomam como exemplo a ser seguido.
Em inúmeras observações, vimos os médiuns repetindo seus dirigentes e, inclusive, com as incorporações e danças dos guias incorporados neles. Essa assimilação natural ou intuitiva é um indicador de que o exemplo que vem “de cima” ainda é um dos melhores reguladores comportamentais.
Agora, quando o dirigente incorpora seu Exu Mirim e este, por ser do “chefe”, faz micagens, caretas, gestos obscenos, atira coisas nas pessoas, xinga-as e fala palavrões, aí tudo se degenera e seus médiuns procederão da mesma forma porque, em suas mentes e inconscientes é assim que seus Exus Mirins devem comportar-se quando incorporados.
Essa foi uma das razões para o ostracismo e que foi relegada à linha dos Exus Mirins. E isto, sem falarmos em supostos Exus Mirins que quando incorporavam ou ainda incorporam por aí afora, pegam ou lhe são dados saquinhos de papel que ficam cheirando, como se fossem as infelizes crianças de rua viciadas em cheira “cola de sapateiro”.
Certos comportamentos devem debitar ao arquétipo errôneo construído por pessoas desin­for­madas sobre essa linha de trabalhos espirituais Umbandistas.

  1. Não são espíritos humanos, em hipótese alguma.
  2. Exus Mirins são seres encantados da natureza provenientes da sétima dimensão à esquerda da que nós vivemos.
  3. A irreverência ou má educação comportamental não é típico deles na dimensão onde vivem.
  4. São naturalmente irrequietos e curiosos, mas nunca intrometidos ou desrespeitadores.
  5. Por um processo osmótico espiritual, refletem o inconsciente de seus médiuns, tal como acontece com Exú e Pomba Gira. Logo, são nossos refletores naturais.
  6. Gostam de beber as bebidas mais agradáveis ao paladar dos seus médiuns, sejam elas alcoólicas ou não.
  7. Apreciam frutas ácidas e doces “duros”, tais como: rapadura, pé de moleque, quebra queixo, cocadas secas e balas “ardidas” (de menta ou hortelã).
  8. Se bem doutrinados prestam inestimáveis trabalhos de auxilio aos freqüentadores dos centros de Umbanda.
  9. Não aprovam ser invocados e oferen­da­dos em trabalhos de demandas e magias negativas contra pessoas.
  10. Toda vez que seus médiuns os ativam pa­ra prejudicar os seus desafetos seus Exus Mirins se enfraquecem automaticamente já acon­teceram inúmeros casos de médiuns que ficaram sem seus verdadeiros Exus Mirins porque os usaram tanto contra seus desafetos que eles ficaram tão fracos que foram aprisionados em kiumbas oportunistas tomaram seus lugares junto aos seus médiuns, passando daí em diante a criar problemas para suas vítimas que ainda acreditavam que estavam incorporando seus verdadeiros Exus Mirins.
  11. Eles raramente pedem seus assentamentos ou firmezas permanentes e preferem ser ofe­rendados periodicamente na natureza, tal co­mo as crianças da direita.
  12. Se bem doutrinados e colocados a serviço dos freqüentadores dos centros umbandis­tas, realizam um trabalho caritativo único e insu­bs­tituível.

EXU MIRIM

Exu mirim - 7ª falange ou legião – yariri
As crianças tanto na esquerda quanto na direita, estão associadas às mães.
Exu mirim é um mistério natural manifestado por Deus.


Quem é, e o que representa para a umbanda o exu mirim?

Exu mirim (serguith), é o travesso das dimensões negativas, que com sua irreverência resolve qualquer mau entendido e desmancha as confusões. Guardião das linhas das águas trabalha junto com exus, e de preferência com as pomba gira. Ajuda a abrir caminhos, desfazer os malfeitos e incentiva o trabalho social para resgatar os que estão na marginalidade. Fazem par com os erês nas dimensões negativas, as meninas apresentam-se como pomba giras meninas.
São espíritos de muita luz e sabedoria, portadores de mistérios dos orixás, nunca os olhem como: engraçadinhos, coitadinhos e divertidos.
Exu mirim pólo equilibrador entre a direita e a esquerda, atuam como agente atrasador da evolução, faz o ser regredir vai fechando as faculdades por mau uso da mesma tanto no material como no espiritual.
Quando erramos em nossa vida, sofremos uma regressão (lei de causa e efeito), sejam umbandistas, espiritualistas ou pessoas comuns, essa regressão é feita por exu mirim, quando estamos no caminho certo de vida agem como agentes evolutivos.
O recomeço da vida, e o plano de atuação após essa regressão é feita por exu. Exu mirim elemento regredidor de nossas vidas.
Exu elemento vitalizador, dando continuação aos caminhos da vida ou do recomeço de vida.
Obs: Deus não é impiedoso, Deus não pune e nem castiga, o que existe sim é a conscientização ou regressão dos caminhos de vida, por acertos ou erros como já dito, a lei de causa e efeito, e nossas entidades e divindades estão ai para nos fazer cumprir as leis.
Apresentação: Apresenta-se sempre na forma e com roupagem de criança travessa, gostam da cor vermelho e preto.
Obs: É justamente a falange de exu mirim que as vezes se introduz nas ibejadas ́fazendo se passar por eles.
Campos de força: Encruzas próximas as praias (sempre a primeira vindo da linha da praia para as ruas) encruzas em y e os descampados.
Seu dia: Muito homenageado no dia 06/01 dia de reis.
Seus gostos: Gostam de doces escuros: chocolates, cigarrinhos de chocolates, chocolates com licores por dentro, doces de bananas, teta de nega etc... Também gostam de moedas, e suas bebidas: guaraná com um pouco de conhaque, coca cola com pinga, às vezes acrescentam um pouco de mel nas misturas.



ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE EXU – MIRIM

Na religião de umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de exu mirim.
Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando a ponto de, em muitos lugares, duvidar-se muito da existência deles.
Na verdade, exu mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de umbanda, trabalhando junto com exu e pomba gira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar exu mirim é proceder como em casas que não se aceita exu e pomba gira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem exu não se faz nada, sem exu mirim menos ainda". Não nos chega dentro da cultura dos orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “orixá exu mirim”, assim como não nos chega à existência de um “orixá pomba gira”. Apesar disso, sabemos da existência de um trono responsável pela força e vigor na criação (exu/mehor yê), assim como existe uma divindade trono responsável pelo estímulo em toda a criação (pombagira/mahor yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de exu mirim. Seria o “orixá exu mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto exu vitaliza os sete sentidos da vida e pomba gira estimula-os, exu mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.
Dentro da umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o orixá – mistério exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos orixás. Também assim fazemos com o mistério exu mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho exu mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.
Os exus mirins (entidades) apresentam-se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Apesar de serem bem “agitadas”, suas manifestações deve estar sempre dentro do bom senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de umbanda, eles sempre se manifestam para a prática do bem sobre comando direto dos exus e pomba giras guardiões da casa.
Podemos dizer que os exus e pomba gira estão para os exus mirins, como os pretos velhos estão para as crianças da linha de Cosme e Damião.
Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "exus adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e orixás a quem respondem. Assim, temos exus mirins ligados ao campo santo: caveirinha, covinha, calunguinha, porteirinha. Ligados ao fogo: pimentinha, labareda, faísca, malagueta. Ligados a água: lodinho, ondinha, prainha, entre muitos e muitos outros, chegando a ponto de termos exus - mirins atuando em cada uma das sete linhas de umbanda.
Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos exus e pomba giras da casa, tornam–se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utiliza–se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela bicolor (vermelha e preta) etc. Uma força muito grande que exu mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando-as" e acabando com essas atuações.
A umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Lembre–se que a umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação. Para aqueles que sentirem–se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em exu mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.
Vamos resgatar os Exus Mirins da Umbanda e libertá-los do falso arquétipo que mentes e consciências distorcidas criaram para eles?






EXU PINGA FOGO

Pertence à família das almas, seria o segundo na hierarquia do cemitério, abaixo só do Sr. Omulú.
Esse Exu é chefe de legião.
Exú Guardião!
Sua apresentação astral é de um homem com uma grande capa roxa por dentro e preto por fora com bordados dourado.
Em sua última encarnação foi um príncipe, enganava muito as pessoas, roubava, etc.
Pertence a Lina negativa de Yorima (almas, pretos velhos), serventia de Pai Guiné.
Seu mineral é ônix, preto bruto ou hematita.
Seu metal é chumbo.
Sua erva é bananeira.
Trabalha muito com ervas, punhais, fitas, crânios (imagem de barro).
Fuma charuto, cigarrilhas.
Bebe conhaque, uísque, marafo.
Sua guia é preta e branca com imagem de caveiras.
É pouco conhecido na umbanda.

História de Maria Mulambo da Lixeira e de Todas as sua irmãs !




Maria mulambo da lixeira conta sua história...

Maria mulambo era filha de escrava com feudal, um senhor de muitas terras e que amava sua mãe e não tratava como escrava mais sim como esposa, por mais que existisse preconceito das pessoas da cidade por ela ser negra, mulambo não conheceu sua mãe, assim que nasceu sua mãe faleceu no parto então foi criada por seu pai com todos os luxos e mimos e todos na cidade a tratavam muito bem principalmente os mais nobres por seu pai ter muitas riquezas e poder na cidade , seu pai sofria de uma doença que não teria cura assim deixou toda sua herança para mulambo uma jovem linda e bela ,quando completou seus 18 anos perdeu seu pai de uma forma um tanto sofrida estava sozinha no mundo com tanto dinheiro mais tão infeliz , o povo da cidade quando souberam da morte de seu pai mudaram completamente com ela pois era uma morena jambo muito bonita mais para todos não passava de uma escrava que se escondia atrás de jóias eba vestidos caros , os meses foram passando e a solidão aumentando e quanto mais chorava mais triste ficava , até que resolveu sair um pouco para ver gente, mesmo sabendo que as pessoas as descriminavam , passou a andar com os humildes que por ela não tinham preconceito só admiração a chamavam de princesa dos escravos pois fazia doações generosas as famílias pobres do vilarejo , um belo dia encontrou com um rapaz muito formoso e gentil foi amor a primeira vista , então o rapaz passou a visitá-la e tirando um pouco da solidão de sua vida , e a cada dia foi ganhando mais sua confiança e amor , não demorou muito se casarão e mulambo viveu momentos felizes , naquela época as mulheres não poderia aprender a ler e nem escrever , e foi então que o pior aconteceu ! O seu sonho virou pesadelo.
Mulambo saiu como costumava fazer todos os dias para visitar as famílias e o vilarejo , quando chegou a sua mansão os escravos que a serviram por tantos anos a impediu de entrar em sua própria casa por ordem de seu marido , lhe disseram que o senhor ordenou que não deixasse entrar nem para beber água que lá ela não teria mais nada apenas a rua. Mulambo não acreditou em que estava ouvindo , pois seu amado marido a traiu e lhe roubou todos os bens .
Desnorteada vagou pelas ruas, o que machucava mulambo não foi a perda da riqueza, mais da traição de alguém que era a única pessoa que ainda teria na vida.
Se passaram dias suas roupas finas viraram farrapos , sua fisionomia ficou triste e escura mais a sua beleza era visível para todos que passavam e viam aquela mulher com a mão estendida suja e esfarrapada , passou muita fome e frio mais ainda assim o que mais lhe maltratava era a traição , passando pela mesma calçada uma mulher bonita famosa dona de cabaré olhou para mulambo e perguntou : moça és tão bela o porque esta esmolando , mulambo mal olhou para moça e nada respondeu , a moça na época chamada sete saias do cabaré fez um convite a mulambo , que se mulambo fosse com ela seria muito rica e amada por muitos homens , mulambo sem entender muito acompanhou sete saia a rainha do cabaré se arrumou e começou a fazer a vida , reconquistou o dobro da riqueza que tinha era uma das mais procuradas no cabaré ,guardou seu coração na gaveta para que fosse rigorosa e fria na hora de cobrar , fez muitos abortos e não queria ter filhos foi obrigada muitas vezes a tirar , por causa do trabalho e não saberia lidar com essa situação (por esse motivo a entidade Maria mulambo é protetora das crianças )um dia a casa estava cheia e o homem que destruiu sua vida e roubou seus bens foi conferir o boato que se alastrou pela cidade ,quando mulambo o viu seu coração galopava de uma forma absurda pois por mais que ele tivesse destruído os seus sonhos ela ainda o amava pois como ela diz (o verdadeiro amor é o único feitiço que nunca é desfeito )ele chegou perto dela e pediu perdão por tudo que tinha feito que era um tolo e queria a esposa dele de volta que foi egoísta e ambicioso , mas era para que ela entendesse que ele sempre sofreu na vida, e não teve o direito de fazer o mesmo com ela, e rapidamente marcou uma encontro com ela em uma encruzilhada afastado um pouco do cabaré a meia noite , ela respirou fundo e aceitou o convite na esperança que realmente ele tinha falado a verdade e mudado , mulambo saiu escondida com uma capa preta muito usada naquela época , chegando lá ele se Aproximou dela e disse “você foi a mulher mais linda que conheci em toda minha vida e sua beleza não dividirei com ninguém vou fazer isso por amor” derrepente apareceram mais 6 amigos a seguraram e ela a esfaqueou varias vezes e ainda viva ele a jogou em uma lixeira e a tirou fogo , assim mulambo cura a dor de pessoas que sofrem com traição e é a favor dos casais , seu Axé é caracterizado por famílias e um axé de respeito. 


 Maria Mulambo da Lixeira

Maria Mulambo Minha amiga e conselheira olhai por mim e livrai-me dos inimigos visíveis
Magia e caracteristicas de Maria Mulambo da Lixeira


MARIA MULAMBO
MAGIAS
MANIAS
CARACTERISTICAS
COMPANHEIROS DE TRABALHOS ETC...
Maria mulambo da lixeira é uma pomba gira rara, e dificilmente quem a conhece não a esqueci facilmente.

Mulambo trata seus clientes não como clientes mais como amigos, . Diz que veio conquistar sua evolução e que vale mais uma amizade do que um cliente!
`
É uma mulher super inteligente faz planos calculados aconselha passo a passo as direções e atitudes corretas a seguir, mais tem algo muito sistemático é totalmente severa em suas observações e diz que os donos da verdade são aqueles que só com pancadas da vida vão aprender ,isso é ,se aprender!

Mulambo da lixeira nasceu para ser chefe de terreiro diz em suas palavras: "na minha casa eu sou rainha, na casa dos outros eu sou ........” é uma pomba gira quizilada , e não gosta de ser tirada a prova, e quando isso acontece tem grande admiração em brasa e vidro por esse motivo adora incendiar a casa de pessoas que lhe colocam a prova ou debocha do jeito se comportar e das palavras muitas vezes sabias e verdadeiras, "e a verdade dói",

Ela tem o poder de curar viciados, resgatar pessoas da escuridão e depressivas, reconstrói famílias destruídas, ajuda pessoas com seus comércios e até torna pessoas empreendedoras, mais também consegui destruir aqueles que se colocam no seu caminho para impedil-lá.

Gosta de cigarros e charutos adora bebidas fortes e doces, suas roupas dependem muito do trabalho que vai fazer , são finas e elegantes grandes lenços na cabeça e acessórios não muito exagerados , tem um jeito extravagante de ser ,fica bem à-vontade em suas conversas e consultas e nos deixa sentir o mesmo , não gosta da luz comum do nosso século gosta de luz de velas e tochas , já vi essa pomba gira levantar muita gente . TRABALHA COM TODOS OS EXÚS ,e diz que não tem problema com padilha " a velha história que mulambo tem problema com padilha" seu companheiro de trabalho é tata caveira , e a maioria de exus de calunga , sete catatumba , exu morcego, quebra ossos , maria do lodo , maria pimenta , desgraçada , maria das trouxas (qualidade de maria mulambo) , exu da brasa , rosa caveira , zé do morro entre outros ,tem o poder de energiza
r todas as pessoas que lhe tocam e carregar todos os fentiços mais pesados .
 




                                     EXU PIMENTA





O seu nome de Exu Pimenta, tem origem nos Quimbandistas, ou Esquerda Negativa da Umbanda, que a denominaram assim, pelo fato de que aa proximidade de sua emanação fluidica antes da incorporação, se sente um forte cheiro de pimenta.

A sua apresentação astral são de duas maneiras Uma é igual à de um verdadeiro Mago (com uma aparencia, como exemplo, da figura do Feiticeiro, no desenho animado do Mickey Mouse: "O Aprendiz de Feiticeiro". É só imaginar essa figura e, acrescentar ao redor do corpo fluidico do Exu Pimenta, uma diafama camada de vapores quimicos que o envolve completamente e, o acompanha sempre.

E a outra é como um caboclo,um índio forte sempre mexendo ou em volta de ervas ele seria como um caboclo quimbandeiro! Quando incorporado, sobre bebidas, bebe de tudo quanto é preparado químico, que varia do marafo, vinho, cerveja, uísque, conhaque e pinga com pimenta

Fuma charutos diversos e o costuma observar, numa impressão de analise dos agentes químicos envolvidos na combustão, que provocam a fumaça; enfim, se porta sempre de forma como se estivesse estudando detalhes.

Esse Exu Pimenta trabalha com fundanga, enxofre, fósforos, pimenta, queima papeis e constantemente receita banhos e defumações com varias misturas de ervas Costuma manter fogo aceso dentro desse caldeirão enquanto está em terra incorporado, pois o fogo é agente mágico transmutador.

Sua guia (corrente,colar) na maioria das vezes é Verde e Preta,com tridentes de exu e pomba-gira,meia lua, estrela de 5 pontas e imagens de caveira,,ou então guias com bastante metais,,já que ele é como fosse um alquimista,seu domínio e fazer misturas com ervas,metais,ou seja fazer transformações assim como um alquimista!!

Pertence à linha das almas,vive na calunga das matas!!

Ele é da linha negativa de oxossi é serventia do caboclo Pena Azul

Pontos:

1) Todo mundo qué Mas só Quimbanda aguenta,
Chega, chega noTerreiro, Chega, chega, Exu Pimenta!

2) Seu Exu Pimenta, Traz o chumbo e o ouro,
Saravá à falange do pimenta!
Sua proteção é um tesouro!






           

            Pombagira Maria Padilha



 

É a Rainha do reino da lira, "Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu...” também conhecida como” Rainha do Candomblé” ou Rainha das Marias.

            Rainha do candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual.

Devemos dizer que a Pombagira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubás. Ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus "escravos" ou empregados.

            Em terras bantas é originalmente chamada de “Aluvaia-Pombagira", está é uma palavra africana de um idioma do povo banto (Angola), erroneamente confundido por algumas pessoas desinformadas com palavras do português “pomba um pássaro” e "gira sentido de movimento circular”.

Mulher de Exu rei das 7 Liras ou Exu Lúcifer como é conhecido nas kimbandas.

             É bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, mas também tem vidência, é certeira e sempre tem algum conselho para aqueles que estão sofrendo por um amor, mas também é usada a sua força para desmanchar feitiços, para pedir proteção e curar várias doenças.

 Mas não se engane, pois ela gosta de ser respeitada e admirada e é ponta de agulha, quem brinca com ela geralmente vai morar na sepultura.

Sua característica principal é ser uma pombagira festeira adora festas com ritualísticas e alegria daí ser chamada de rainha do candomblé.

           Prefere bebidas suaves, vinhos doces, licores, cidra, champagne, anis etc...

           Gosta de cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho, destaque, flores e perfumes, usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras etc...

Maria Padilha se divide em muitos outros caminhos, para melhor reverencia-la:


 

Maria Padilha Rainha dos 7 Cruzeiros da Kalunga

Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas

Maria Padilha Rainha dos Infernos

Maria Padilha Rainha das Almas

Maria Padilha das Portas do Cabaré

Maria Padilha Rainha das 7 Navalhas (ou facas)

Maria Padilha Rainha da Figueira

Entre tantas outras...

Então, já que tivemos a oportunidade de conhecermos um pouco mais dessa sedutora e misteriosa pombagira, vamos sempre lembra-la e admira-la não só por sua beleza mais sim também por seus feitos.

Larôie Pombagira.






MARIA MULAMBO DA ESTRADA - A DEUSA ENCANTADA

Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado.
Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.
Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.
Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.
O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.
No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.
Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.
Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.
Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.
Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou.
A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.
Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.
O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d'água.
Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo.
Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu.
Seu amado nunca mais se casou, c
..Exú Mulher Maria Mulambo, você que me acompanha , me ajudando nos momentos mais difíceis e aparentemente sem solução, aceite esta pequena homenagem que fiz com muito amor. Podem dizer que você é farrapo, gosta do lixo e tudo o mais, mas eu sei que sem você a minha vida não teria sentido. A sua missão é esta: tratar do lixo espiritual em que a maioria das pessoas vive, curar a depressão e fazer os humanos acreditarem em si mesmos, em sua potencialidade. Este é o seu fundamento. Para isto você foi criada. Laroiê mulher Maria Mulambo!!!...


MAIS UM PEDACINHO DE MULAMBO PARA VOCÊ ...!!!

COMO MULAMBO É ...

D. Maria Mulambo mostra-se quase sempre bonita, feminina, amável, elegante, sedutora.Ela gosta das bebidas suaves como vinhos doces, licores, cidra, champanhe, anis, etc. E gosta dos cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc.
Exus e pombagiras dessa linha (estrada) são os mais Brincalões. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas brincadeiras devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Cíganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exus .


ALGUNS PONTOS DE MULAMBO 
1.Mulambo Rainha Divina,
A Deusa Encantada, Tem No Seu Gongar A Segurança,
Ela Vem Pela Estrada De Prata, e caminhou num tapete de flores, e nem se quer se importou ,ela deixou os Seus Suditos Chorando E Foi Viver, No Mundo Da Perdição,
Ela É Rainha Ela É Mulher, Ela É Rainha Ela É Mulher,
Pedaçinho De Mulambo Para Quem Tem Fé

2.É HORA, É HORA, CALUNGA LHE CHAMA, É HORA, É HORA MULAMBO VAI EMBORA. (2X)
SE PEDIR QUE EU MATE EU MATO, SE PEDIR QUE EU DÊ EU DÔ, SE PEDIR QUE EU LHE
DEFENDA EU SEREI SEU DEFENSOR

3.Meu batom é vermelho, meu coração também. Eu sou Maria Mulambo, como eu te quero bem.

4.Maria Mulambo da Encruzilhada a sua saia é Mulambê...


  







   


    Maria Padilha

    Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.

    Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira, mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.

    Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.

    Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "adjuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.

    Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.

    Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são:

        Maria Molambo
        Maria Quitéria
        Maria Lixeira
        Maria Mirongueira
        Maria das Almas
        Maria da Praia
        Maria Cigana
        Maria Tunica
        Maria Rosa
        Maria Colodina
        Maria Farrapos
        Maria Alagoana
        Maria Bahiana
        Maria Navalha

    Todas com características bastante similares, as quais as vezes podem inclusive ser confundidas por quem não tem muita experiência.

    Maria Padilha

    Caminhos

        Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
        Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
        Maria Padilha Rainha dos Infernos;
        Maria Padilha Rainha das Almas;
        Maria Padilha das Portas do Cabaré;
        Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
        Maria Padilha Rainha da Figueira.

    Características

        Bebida  : Champanhe, Licor de aniz, Martini, Campari, Mel
        Ebôs  : Pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.
        Fuma  : cigarros, cigarrilhas
        Guia  : Sua guia geralmente é contas pretas e vermelhas, O preto representando as trevas, o vermelho a guerra, algumas quando cruzadas nas almas, tem suas guias com contas brancas, sendo as mesmas enfiadas de três em três ou de sete em sete
        Lugar  : Recebe os presentes, despachos e feitiços na Calunga (Cruzeiro do Cemitério), nas encruzilhadas em formas de T, ou X( dependendo a escolha do lugar, a vontade da entidade)
        Ornamentos  : jóias, cosméticos, espelhos
        Rosas  : Rosas vermelhas abertas (nunca botões) em número impar, cravos e palmas vermelhas
        Simbolos  : pássaro, o tridente,a lua, o sol a chave e o coração.
        Vela  : de acordo com as cores de suas guias quando trabalham,podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e em certos casos, pretas e brancas, ou ainda, todas brancas

    Pontos Cantados

    Abre essa tumba quero ver tremer,

    Abre esse tumba quero ver balançar,

    (bis)

    Maria Padilha das Almas,

    O cemitério é o seu lugar.

    É na Calunga que a Maria Padilha mora

    É no barranco que a Maria Padilha vai girar.

    (bis)

    Maria Padilha das Almas

    O cemitério é o seu lugar.

    Quem não me respeitar

    Oh! Logo se afunda

    Eu sou Maria Padilha

    Dos 7 cruzeiros da Kalunga

    Moço, você conhece aquela moça

    Que trabalha no escuro

    Olhando osso,

    Osso por osso,

    Dente por dente,

    Dia trás dia,

    Hora trás hora

    Ela é Maria Padilha

    Ela é Maria Mulher,

    Ela trabalha na Figueira,

    Por ordem de Lúcifer.

    Caminhou por toda a Terra

    Na kalunga ela ficou

    Lá na Encruza ou lá na rua

    Ela é …

    Camarada sua,

    Maria, Maria Padilha Ela é.

    Maria Padilha já chegou

    Trago pra Ela uma linda flor

    Festa no Terreiro, festa no gongá,

    Chegou Maria Padilha para todo o mal levá.

    Maria Padilha,

    Soberana da estrada,

    Rainha da encruzilhada,

    E também do candomblé,

    Suprema é uma mulher,

    de negro,

    Alegria do Terreiro,

    Seu feitiço tem axé,

    Mas ela é, ela é,

    Ela é…

    A Rainha da Encruza,

    A mulher de Lúcifer.

    A Padilha não brinca,

    Ela não é brincadeira não,

    A quem mexe com ela fica maluco

    Vira defunto e se torna caveira

    E depois de caveira vira poeira

    E vai morar com Exu Caveira.

    Maria Padilha

    Rainha do Candomblé

    Firma Curimba

    Que tá chegando mulher.

    Maria Padilha é…

    Rainha do Candomblé

    Maria Padilha mora,

    Nas portas de um cabaré.

    Exu Maria Padilha

    Trabalha na encruzilhada

    Toma conta, presta conta…

    No romper da madrugada.

    Pomba-Gira minha comadre

    Me proteja noite e dia

    Trabalhando nas encruzilhadas

    Com suas feitiçarias.

    Maria, Maria Padilha Ela é…

    Uma mulher faceira

    Que trabalha á Meia Noite

    E também a madrugada inteira.

    Sete rosas encarnadas

    Vou levar para essa Maria

    Para afastar de mim,

    Toda a feitiçaria.

    Maria, Maria Padilha Ela é.

    Ela é Maria Padilha

    Da sandalinha de pau

    Ela trabalha pró bem

    Mais ela trabalha pró mal

    Oia pombajiré, oia pombajirá, oia pombajirá

    De onde é que Maria Padilha vem

    Aonde é que Maria Padilha mora

    Ela mora na mina de ouro

    Onde o galo preto canta

    Onde criança não chora.

    O povo dos Infernos é quem vai levar

    Levar o que não presta pró além mar

    Exu Rei da Lira é Lúcifer!

    Maria Padilha…

    Rainha Exu mulher!

    Moça me dá

    Um cigarro do seu

    pra eu fumar

    Que nem dinheiro eu tenho pra comprar

    (bis)

    Vivo sozinho

    Vivo na solidão

    Maria Padilha me dê

    A sus proteção

    Cemitério é praça linda

    É lugar pra passear

    Cemitério é praça linda

    É lugar pra passear

    Numa catacumba branca

    Maria Padilha mora lá

    Mora lá, mora lá,

    Maria Padilha mora lá,

    Mora lá, mora lá,

    Maria Padilha mora lá,

    Com uma rosa e uma cigarrilha

    Maria Padilha já chegou,

    E na Kalunga

    Ela é Rainha

    Ela trabalha com muito amor

    Sete cruzeiros da Kalunga

    É a morada dessa mulher

    Ela é!
    Maria Padilha,

    Rainha do Candomblé…

    Pontos Riscados

    Maria Padilha

    Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga

    Biografia

    França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D''areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. - Minha filha, solte essa arma! - assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante. Salve minha mãe de esquerda!

    Maria Padilha das Sete Catacumbas

    Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: - Precisamos do sangue de um inocente! - Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.

    Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela. Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno. Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: - Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. - Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.

    O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: - Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! - Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? - De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. - Foi aí que ela falou do sangue inocente. - A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? - Para fazer omelete, quebram-se ovos... Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.

    Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: - Agora você tem que fazer! - Em outras ocasiões ele dizia: - Você não presta mesmo, nunca prestou! - Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.

    Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. - Cale a boca garoto dos infernos! - A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

    Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

    Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.

    Maria Padilha das Almas

    Biografia

    Tereza invadiu a igreja de uma forma como nunca havia feito antes. Não se benzeu e nem ao menos olhou para a imagem de Cristo, que de sua cruz, agonizante, parecia olhar diretamente para ela enquanto avançava pela nave. Precisava falar com o padre Olavo nesse instante, não havia tempo a perder. - Padre! - seu grito ecoou pelas paredes repletas de símbolos aos quais ela sempre dera imenso valor, mas que nesse momento nada mais eram que meras imagens que apontavam-lhe o dedo culpando-a pelo pecado gravíssimo que cometera. - Padreee! A voz subira de tom a ponto de atrair imediatamente o coroinha que estava a dormitar atrás do altar. - Dona Tereza! O padre Olavo foi atender um doente que precisa de extrema unção! A mulher sentou-se em uma cadeira da primeira fila e desatou em copioso pranto. O menino sem saber o que fazer correu para a rua e encontrou o padre que vinha já bem perto. - Dona Tereza está chorando como louca lá na igreja, o caso deve ser sério! - Olavo sentiu um baque no peito. - O que teria acontecido? Alguém teria descoberto? - Tudo bem Jonas, pode ir para casa que eu cuido disso. Apressou o passo e da porta ouviu o choro da mulher. - Tereza, o que houve? - Com um salto ela levantou-se e com o dedo estendido para ele gritou: - Eu estou grávida, cafajeste! Grávida de você! Como pode deixar isso acontecer? Você me jurou que isso não seria possível, que não podia ter filhos. O que faço agora? Meu nome será lançado na lama! E meu marido? Meus filhos? - Calma! - ele tentava ganhar tempo enquanto em sua cabeça as imagens passavam em turbilhão. - O que faria com essa louca? Fora ela quem o seduzira, enfiara-se em sua cama, nua, em uma tarde que gostaria de esquecer. Tentara-o com seu belo corpo e se entregara de forma avassaladora. Porque dizia que o filho era seu? Ele mesmo sabia de seus amantes, ditos em momentos de confissão muito antes da tarde fatídica. -Vamos sentar, respire fundo! Como sabe que é meu? - Falava pausadamente tentando inspirar confiança - Não pode ser de seu marido ou... de outro? - Só o que me faltava era isso - o tom subira novamente - me engravida e ainda me chama de vagabunda. Nunca mais dormi com homem algum depois de nosso encontro, meu marido viaja muito e nas poucas vezes que esteve em casa, não me entreguei a ele, por amor a você! - Depois de pensar um pouco falou: - Então não há alternativa além do aborto, procure uma dessas velhas rezadeiras e dê um jeito nisso, o que espera que eu faça? - Precisamos fugir, eu abandono tudo para ficar ao seu lado! - desesperada segurava a batina do padre com força - Teremos nosso filho longe daqui! - Tentando ganhar tempo Olavo tirou as mãos dela de sua roupa. dirigiu-se ao altar e tamborilou com os dedos sobre a branca toalha, virou-se com raiva: - Nunca! Vire-se! Você foi a culpada, me levou para a perdição agora quer acabar comigo? Como posso largar o sacerdócio e viver com uma prostituta que deita em qualquer cama com qualquer um? - Tereza deu um grito de ódio e partiu para cima do padre. Havia um punhal em sua mão. A lâmina afiada foi cravada no abdômen do rapaz que caiu de joelhos. Tereza continuava com a arma na mão manchada com o sangue do padre e foi com ela que cortou a própria jugular, tendo morte quase instantânea. Por muitos anos o espírito de Tereza foi torturado pelas visões dessa e de outras vidas em que sempre causara sofrimento e mortes. Ao atingir um nível de compreensão adequado ao caminho evolutivo, tornou-se Maria Padilha das Almas, e ainda hoje busca ajudar a todos que a procuram tentando fazer com que novas almas não se percam como ela se perdeu por diversas vezes. Somente quem já teve contato com essa grande pomba-gira, sabe dos conselhos firmes dados por ela e da tristeza que ainda deixa transparecer em suas incorporações. Laroiê a Padilha das Almas!

    Poema

        Vou contar uma lenda de uma pobre Maria,

        Que conheceu o luxo e a agonia !

        Vou contar a lenda de Maria Padilha ,

        Que escondia a sedução sob a mantilha !

        Ela viveu no século XIV , cheio de magia ,

        Misticismo e fantasia !

        Ela nasceu na Espanha valorosa ,

        Formosa e maravilhosa !

        Ainda criança , Maria Padilha foi abandonada ...

        Por sua mãe , que era uma coitada ...

        Ela era filha de mãe solteira ...

        E virou uma órfã verdadeira !

        Ela nunca teve uma família inteira ...

        Assim , ela foi criada por uma feiticeira !

        Ela gostava de dançar o “flamenco” sensual ...

        De uma forma especial !

        Ela gostava de vestir preto e vermelho ...

        Para treinar a dança no espelho !

        Na adolescência , ela virou uma cortesã elegante ...

        Conhecendo muita gente importante !

        Ela foi apresentada à Dom Pedro I de Castela ...

        De uma forma elegante e bela ...

        Pelo primeiro ministro numa festa ...

        Ao som de uma linda orquestra !

        Assim , os dois dançaram ...

        E se apaixonaram ...

        Mas , Pedro estava noivo de Branca de Bourbon ,

        Que era frágil e sempre saia do tom !

        Mas , Maria Padilha fez uma bruxaria ,

        Que gerou uma grande agonia :

        Ela jogou um feitiço no cinto em que Branca ...

        De uma forma ingênua e franca ...

        Presenteou o seu amado ...

        De um jeito calado !

        Assim , depois do casamento ...

        Sem nenhum sentimento ...

        Aconteceu um tormento :

        Branca , dois dias depois , foi abandonada ...

        Sem entender , absolutamente , nada !

        Depois , os membros bastardos da família real ...

        Seqüestraram Pedro de um jeito sensacional !

        Mas , com a ajuda de Maria Padilha ...

        Pedro escapou de toda aquela matilha !

        Então , ele decidiu transferir sua corte para Alcazar de Sevilha ...

        Junto com sua amada Maria Padilha !

        Depois , ele bolou uma vingança sem piedade ...

        E matou seus 9 irmãos traiçoeiros de verdade !

        Por causa desta vingança de fel ...

        Ele ficou conhecido como : Pedro , o cruel !

        Com Maria Padilha , ele teve 4 crianças ...

        Carregadas de coragem e esperanças !

        Porém , um dia ...

        Cheio de agonia ...

        A linda Maria ...

        Morreu vítima da peste negra com muita dor ...

        Mas , Pedro chorando com ardor ...

        Nomeou a amada morta como rainha original ...

        De uma forma especial !

        Porém Pedro , o cruel ...

        Conheceu o próprio fel ...

        Morrendo nas mãos do único irmão bastardo que escapou a sua ira ...

        Mas , que conheceu a atrocidade e a mentira !

        Esta é a história de Maria Padilha ,

        Que escondia a sedução sob a mantilha ...

        E que de tanto fazer magias e de possuir um olhar de vampira ...

        Tem seitas que dizem que ela é a real pomba – gira .

    Maria Padilha de Castella

    Maria Padilha

    Biografia

    A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Já faz um bom tempinho que venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro nome da amante rainha do Rei de Castela.

    A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.

    A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.

    D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.

    D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom , mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.

    Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas magias e através destas... conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa... alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei... outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.

    Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.

    Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.

    Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.

    O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.

    Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno!

    Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela... o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.

    Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil , onde esta mulata em um sessão da Catimbó... recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.

    Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos... Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.

    "Sou guerreira, bonita e maliciosa... Minha coroa vem de Nazaré! Eu saúdo a Jesus Cristo pois ele é quem me deu o meu trono de fé! dizem que sou mulher de Belzebu, este nem mesmo sei quem é! Sou mulher de quem me de respeito e companheira de Exu Rei e Cipriano e também Exu Tararé!"

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas

    Uma breve história

    Núbia estava satisfeita e feliz. Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido. E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.

    O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz. Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima. Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação. Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos,

    Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.

    Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente. Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.

    Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.

    A reação de Alberto fez seu coração gelar:

    - Núbia foi você que matou minha mulher?

    Negou peremptoriamente.

    Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente. Como podia ele pensar isso dela?

    - Núbia!

    - Alberto estava gritando

    - A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?

    O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle. Jogou-se aos pés do homem implorando perdão:

    - Eu te amo demais, não agüentava mais ficar longe de você!

    As lágrimas corriam livremente.

    - Ela não te amava, sou eu que o amo!

    Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.

    Durante três anos permaneceu presa. Chorava muito e amaldiçoava a todos. O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava. A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.

    Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio. Da bela e arrogante mulher, nada mais restava. Tornara-se um trapo humano.

    Um dia veio o golpe fatal. A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.

    As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.

    Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.

    Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.

    Seu espírito vagou por anos. Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão.

    Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução. Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.

    Maria Padilha do Cabaré

    Ela foi espanhola, foi Rainha dona de castelo e adorava bacalhau, queijos e vinhos, claro que hoje estando evoluída, não mais nessa matéria aceita as oferendas comuns, mas ela é muito fina, sabe bem o que é bom, gosta de jóias, roupas feitas de bons tecidos, adora saia com muitos babados, pois como disse foi espanhola, adora um leque.

    Diz a sua história que quando passou pela terra foi dona de um cabaré muito famoso, onde se fez tornar uma mulher marcante na sociedade da época. Amar ? Amou sim, uma vez só e por ter sofrido por um grande amor resolveu não se entregar nunca mais a ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou rica, muito rica… Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina o dom das cartas o misterioso Futuro no qual ela o adivinhava, este dom vem dos seus antepassados, pois ela vem de uma família Espanhola…

    Maria Padilha Rainha do Cabaré, é mais uma das Pombagiras que visam o zelo pelas coisas do coração e do dinheiro.

    Falta de Compreensão

    Maria Padilha - é uma entidade de luz que trabalha a serviço de Ogum. Viveu à muito tempo atrás na França segundo algumas lendas, e foi dona de uma casa de damas(Cabaré), todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade. Isso tudo ao menos é o que dizem as lendas. O que entendo é que esses são nomes de guerra e estão longe de revelar os verdadeiros nomes dessas entidades. Além do mais, Maria Padilha é só uma entidade que tem uma falange em evolução. Há uma profecia que conta que no ano 2000, Maria Padilha, a rainha das rainhas vai pisar nos Orixás. Vê se pode! Os Orixás vão reverenciá-la pois a sua missão é de converter o homem que ela ama (Lúcifer, anjo das trevas) para a luz. Veja a que ponto chega a interferencia do sincretismo e bagunças religiosas na Umbanda! Eles vão entrar na casa de Deus ambos de branco. Ela sentará ao lado de Jesus Cristo e ele aos pés de Cristo. Maria Padilha salvará 7000 almas e entregará as chamas do inferno a 7000 almas. Além de irônica, mentirosa e ridícula, essa profecia não passa de engodo e falsas revelações. Seus "Trabalhos" prediletos são na área do amor. Ela adora crianças, adora animais, a vida. Vida é luz.Toda a consulta espiritual que é desenvolvida inicialmente e o andamento de todos os trabalhos são feitos através de Maria Padilha. Mas, essa é a orixa evoluida e tem muitas magas negras se passando por ela ai na Quiumba. Inclusive com pessoas como essas que fizeram essa ridícula profecia.

    Livros
    Título     Os Conjuros de Maria Padilha
    Autor     Maria Helena Farelli

    Os Conjuros de Maria PadilhaPesquisando em cancioneiros espanhóis e portugueses, em documentos da inquisição, a autora descobriu a verdadeira história desta entidade de umbanda, seus feitiços, conjuros, simpatias, etc.